quarta-feira, 2 de março de 2011

Por um instante,,,

14 de Junho de 2010
Hoje eu acordei pensando que muita coisa me parece estranha, dentro do que costumava ser normal. Acho que cresci. As lágrimas que hoje querem descer, eu as prendo aqui dentro de mim, porque hoje em dia eu estou sem música aqui dentro. Eu estou tão solta e leve brincando com o nada, tão, tão livre... Que penso se realmente era isso o que eu queria. Antigamente eu os tinha, meus amigos, meu grande amor, meus melhores amigos. O Anjo morreu, o Yugo se foi... O meu grande amor... Eu afastei porque não tive coragem de sonhar como antigamente, nos séculos passados quando todos esperavam todos chegarem da guerra. Ah é, eu não sou aquela moça doce que aguarda ansiosa pelo retorno do seu grande amor. Eu sou a moça que perde seu tempo com paqueras inúteis, que não é feliz como deveria ser, como poderia ser tão fácil ser.

Antes eu estava lá, querendo todos longe, eu estava certa? Naquela época sim. Hoje eu estou certa? Completamente errada!

Eu sinto muito, eu achei que estava no caminho certo, que estava dando certo acompanhar a vida de forma livre e adulta como sou. Mas, em compensação, ao paradoxo dos meus desejos... Isso tudo caiu por terra. Eu quero mesmo é ter tudo aquilo de volta. Eu quero mesmo é ser mãe do Lucas, do Joaquim e da Sandra Maria, minha afilhada. Minha filha... Eu quero mesmo é me casar com o Lutty e o fazer total feliz, como ele merece. Eu quero mesmo é rir na rua, me jogar na calçada de tanto gargalhar das palhaçadas da Ana Luíza, de admirar o Yugo, de agradecer aos céus pelo conserto do que eu quebrei. Porque com esse tempo... Eu me curei, embora eu esteja novamente muito ferida, quem me feriu desta vez fui eu, Talvez por ter visto e sentido na carne, tantas e tantas vezes os outros me ferirem, arrancarem algo de mim, destruírem o meu melhor, Que eu tenha preferido fazer isso tudo por eu mesma, por de costume de sangrar tanto e sozinha.

E eu acho que não poderia pedir a Deus para consertar tudo, porque pela lógica, os momentos não voltam e perante os caminhos traçados não há como transformar tudo em flores. A única forma que ele pode fazer é me dar novos caminhos e esperar pacientemente que eu cresça mais uma vez e que a idade, a maturidade e a experiência não me permitam cometer mais erros. Será que é assim com todos? Ou somente eu faço essas loucuras?
“Tanto modificou, que segue outro caminho”-Jay Vaquer-Noutro Caminho.
Putz... Essa música tinha que tocar exatamente agora? Ok, Ok.

Tanto é que somos tão filhos, pequenos e egoístas que não se pode negar.
Assim como o carro sem motor que Deus fez andar sem avisar nada a ninguém, eu quero muito que Ele conserte tudo isso pra mim e me dê outra chance, de repente eu tenha mais força. Mas eu seria muito grata se o Lutty viesse pra mim solteiro, E eu estou com certa mágoa da vida, um medo latente de que... Pode ser que seja um aviso da vida que, com o meu erro de terminar com ele, o universo tenha mudado todos os antigos planos. Daí a primeira menina dele... Que seria de nós dois Deus deu a Rhianna. A sua esposa que ele tanto odeia que ameaçou suicídio, que ele se casou obrigado. “Eu me afoguei em um mar de rosas”-Jay Vaquer.

Oh Deus, Oh Deus!

“Sempre soube exatamente como perder, e fui deixando a sala desarrumada...”. Jay

Por que eu não consigo chorar agora?

O Anjo não vai voltar, Deus tirou minha filha e deu a outra para o Lutty. O Yugo não vai voltar...

Por que eu não consigo chorar?

Porra, porque eu não posso voltar aos 17 anos e fazer tudo diferente? Umas três tatuagens, um namoro feliz, amigos por mais de dez anos, um pouco mais dinheiro, menos insegurança, frustração e menos, menos força...

Ter força é aceitar a perda...

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