A minha roupa não faz parte da minha cultura.
A minha roupa faz parte do meu dinheiro.
A minha cultura não faz parte da sociedade que me abrigou.
Isso é do meu dinheiro.
Eu sou uma calça jeans suja e uma regata velha com cabelo bagunçado. Eu sou aquela menina longe disso tudo, e sim, eu tenho orgulho do que me tornei, valeu a pena.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Desespero
Você sabe como funciona o desejo?
Sabe se opor a ele?
Sabe como fazer para se sustentar sobre os pés quando não existe mais nada para agradar o mundo?
Pior, você sabe esquecer um olhar?
Havia uma grama bem forte e o vento dançava sobre as águas como os poetas sobre as lágrimas.
E então, e então... você estava lá como uma degradante cascata de felicidade e de surpresa, por que não?
E seria bem capaz se uma forma de sorrir me deixasse sozinha para tomar o rumo certo.
Por que você tinha que amar tanto tudo o que é errado? Não entende que ela te levava para o espaço vazio de apenas um corpo sem a ideia fixa que precisava?
Sabia que o sorriso mudaria as coisas, eu sabia. Na verdade eu não sabia não. Mas o ideal do mesmo significado me leva para as ondas de um mar bem distante.
Eu odeio ser tirada do meu abrigo emocional. Eu realmente odeio, porque você não tem nada a me oferecer e somos todos inocentes. Porque um termômetro do tempo firme sob as águas claras dos sonhos mais distantes, não pode medir o quão eu não consigo não pensar em você.
E eu não sei o que fazer para você olhar para mim.
Eu não sei o que fazer...
S. R. Costa
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