A vida é amar ou amar é
viver.
Reclamam do meu cigarro, mas
ninguém faz o papel de um trago.
Minha memória anda boa.
Está chovendo após um longo
dia de sol.
E tem um cachorro no pé tentando
enfiar as pequenas presas no meu calo aberto.
Tem duas carteiras vazias
jogadas aqui e meu isqueiro amarelo.
Também uma bicicleta para
substituir o cigarro, mas como pode ver, consegui fazer os dois ficarem
amigos.
Também há aqui uma vaga
tristeza.
Eu vivo nessa vaga tristeza
tem muitos anos. É uma espécie de... nostalgia com melancolia de um futuro que
não veio, de um querer que não quis. De uma forma desdenhosa de me dizer de
novo o não.
Eu tenho saudade dele que
vai substituir o antigo. Saudade daquele cara que ainda vou conhecer e vai
enfeitar meus dias com alguns por quês.
Saudades a gente sente de
quem foi embora, não é?
Mas sabe... é que ás vezes
nem quero que venha, ás vezes quero ficar nesse mormaço vivenciando coisas que
não vivi do cara antigo. Porque amigos.., eles vão, amores ficam. E estratégia
de trabalho, estudos e evolução intelectual e progresso profissional são apenas
um enfeite para atrairmos o amor.
Porque a gente não vive sem
amor. Da mesma forma que não vivemos sem cerveja e que não vivemos bebendo
cerveja (para os que não bebem).
Tem muito vício nesse texto,
não tem?
Teeem sim, sabe por que?
Porque vício mesmo a gente
não tem, a gente toma, a gente engole, a gente traga, a gente é insone, mas a
gente não ama.
A gente não se deixa amar.
A gente não ama... (26-01-2014 de noitinha- porque a noite
descarta frieza)
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