segunda-feira, 24 de março de 2014

Mais Um Trago...

A vida é amar ou amar é viver.
Reclamam do meu cigarro, mas ninguém faz o papel de um trago.
Minha memória anda boa.
Está chovendo após um longo dia de sol.
E tem um cachorro no pé tentando enfiar as pequenas presas no meu calo aberto.
Tem duas carteiras vazias jogadas aqui e meu isqueiro amarelo.
Também uma bicicleta para substituir o cigarro, mas como pode ver, consegui fazer os dois ficarem amigos.
Também há aqui uma vaga tristeza.
Eu vivo nessa vaga tristeza tem muitos anos. É uma espécie de... nostalgia com melancolia de um futuro que não veio, de um querer que não quis. De uma forma desdenhosa de me dizer de novo o não.
Eu tenho saudade dele que vai substituir o antigo. Saudade daquele cara que ainda vou conhecer e vai enfeitar meus dias com alguns por quês.
Saudades a gente sente de quem foi embora, não é?
Mas sabe... é que ás vezes nem quero que venha, ás vezes quero ficar nesse mormaço vivenciando coisas que não vivi do cara antigo. Porque amigos.., eles vão, amores ficam. E estratégia de trabalho, estudos e evolução intelectual e progresso profissional são apenas um enfeite para atrairmos o amor.
Porque a gente não vive sem amor. Da mesma forma que não vivemos sem cerveja e que não vivemos bebendo cerveja (para os que não bebem).
Tem muito vício nesse texto, não tem?
Teeem sim, sabe por que?
Porque vício mesmo a gente não tem, a gente toma, a gente engole, a gente traga, a gente é insone, mas a gente não ama.
A gente não se deixa amar.

A gente não ama...   (26-01-2014 de noitinha- porque a noite descarta frieza)

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